FRAGMENTOS DE UMA VIDA PLENA é uma narrativa emocionante e verídica em versos e
prosas, que fala do percurso de uma Alma que, em meio à ditadura militar e ao
surgimento da Cultura Alternativa, do Movimento Hippie, do Orientalismo e do
resgate das Culturas Nativas, encontra recursos efetivos para seu processo de
auto superação, autolibertação e cura, trazendo ainda reflexões e práticas
úteis para um mergulho definitivo no Amor que nos abraça em Unidade.
Os relacionamentos afetivos são normalmente baseados no binômio Instinto Sexual X Amor, sem que, no entanto, tenhamos consciência do que cada um representa.
Procurando entender como cada um destes aspectos funciona podemos arriscar uma otimização na habilidade de lidar com afetividade.
O instinto sexual é uma pulsão primitiva que nos conduz à vida reprodutiva e à perpetuação da espécie. É, sem dúvida, fonte de um prazer cuja intensidade normalmente perpassa todos os nossos sensores. Por isso é uma forma de satisfação que todos buscam, de uma maneira ou de outra.
Quando nos sentimos atraídos por alguém, é como se soubéssemos, de antemão, que a “química” neste setor pode funcionar muito bem.
Esta atração é o primeiro passo de uma possível aproximação. Todos intencionam passar os momentos agradáveis da vida na companhia de alguém que nos dê prazer.
O amor, no entanto, é um verbo e como tal depende apenas de prática. Ele começa quando resolvemos praticá-lo e termina quando não mais desejamos fazê-lo.
Depois de algum tempo a atração sexual pode diminuir, seja por falta de criatividade, por pequenos vícios de comportamento, pela necessidade de experiências novas, por falta de atenção ou de cuidado do parceiro, por expectativas frustradas, enfim, inúmeros motivos podem fazer com que o sexo perca seu esplendor. Felizmente isto não ocorre sempre, mas em geral, quando ocorre, significa o término da relação.
O amor, como é um verbo que se conjuga de maneiras variadas; na atenção, no carinho, na escuta, na amizade, na aceitação, na liberdade, na confiança, no companheirismo, no acolhimento, no conforto, no cuidado, na empatia, na boa vontade e em todas as formas de afeto e afeição, ele independe de circunstâncias externas, de tempo ou de espaço, mostrando sua disponibilidade através dos pequenos atos ou de um simples olhar, mas deixa claro o interesse na conjugação do mesmo.
O mesmo interesse que temos em nos entendermos com os entes próximos, parentes, por exemplo, a mesma disponibilidade que temos em acreditar, como quando somos crianças, a mesma simplicidade em aceitar, como quando mantemos a espontaneidade, tudo isso é o exercício e a prática do verbo amar.
Este exercício e prática nos faz querer penetrar o universo do outro, compreendendo seus mistérios, mesmo sem desvendá-los, aceitando sua liberdade, sem desconfianças, acolhendo sua privacidade, sem apego e, sobretudo, disponível para as coisas como são, sem expectativas e modelos pré-estabelecidos, pois são as permanentes mudanças que nos fazem recriar e reinventar a cada momento as possibilidades do “Amar” contidas em qualquer relação.