domingo, 28 de setembro de 2008

ENQUANTO AQUI

INFÂNCIA


Quando se vem ao mundo

Sem se receber amor,

Já se conhece fundo

Um perfil triste do mundo

De abandono, impertinência e dor.


ADOLESCÊNCIA


Depois a hipocrisia,

As palavras sem volta,

Sem verdade e sem valia

E a profusão de energia,

Torna-se revolta.


JUVENTUDE


Criam-se então fantasias,

Pois é necessário fugir

E ilusões, sonhos, utopias,

Crenças em fraternas alegrias,

Impulsionam o prosseguir.


MATURIDADE


Mas é difícil para o humano médio

Entender alguém sem referência externa,

Que mergulhou tão fundo em busca de remédio,

Fugindo de qualquer tipo de tédio,

A procura da Verdade Eterna.


SABEDORIA


E lá no fundo da vacuidade

No silêncio fecundo do coração

Acolhimento, amparo, integridade

São multifacetas da Unidade

E experimento, por fim, pura União.

(28.09.2008)


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