segunda-feira, 29 de setembro de 2008

QUANDO

Quando todos estão indo

Eu estou voltando

Quando todos estão chegando

Eu estou saindo

Quando todos estão sorrindo

Eu estou chorando

Quando todos estão cantando

Eu estou dormindo.



Quando todo mundo mente

Eu sou verdade

Onde tudo é vaidade

Sou indigente

Quando está tudo dormente

Sou sensibilidade

Onde há prolixidade

Eu sou silente



Quando se espera de mais

Eu nada peço

E os fatos não impeço

São vens e vais

Como rios no meu cais

São sem regresso

E fadados ao progresso

Não voltam mais

(29.09.2008)


domingo, 28 de setembro de 2008

ENQUANTO AQUI

INFÂNCIA


Quando se vem ao mundo

Sem se receber amor,

Já se conhece fundo

Um perfil triste do mundo

De abandono, impertinência e dor.


ADOLESCÊNCIA


Depois a hipocrisia,

As palavras sem volta,

Sem verdade e sem valia

E a profusão de energia,

Torna-se revolta.


JUVENTUDE


Criam-se então fantasias,

Pois é necessário fugir

E ilusões, sonhos, utopias,

Crenças em fraternas alegrias,

Impulsionam o prosseguir.


MATURIDADE


Mas é difícil para o humano médio

Entender alguém sem referência externa,

Que mergulhou tão fundo em busca de remédio,

Fugindo de qualquer tipo de tédio,

A procura da Verdade Eterna.


SABEDORIA


E lá no fundo da vacuidade

No silêncio fecundo do coração

Acolhimento, amparo, integridade

São multifacetas da Unidade

E experimento, por fim, pura União.

(28.09.2008)


sábado, 20 de setembro de 2008

PRESENTE

Agora eu faço a melhor opção

De me resguardar, me auto-cuidar, me proteger.


Agora observo como me sinto

E opto sempre pelo melhor.


Agora acolho com simplicidade

Minhas multifacetas.


As falhas e fragilidades, vitórias, méritos e conquistas,

Tudo é integrado no agora.


Agora é tudo o que preciso

E tudo o que disponho para ser plena.

(28.07.08)