domingo, 24 de agosto de 2008

SABOR DESTINO

Queria escrever algum poema

Que fosse leve e solto como a brisa

Mas ainda não está no meu esquema

Além de mulher e mãe ser poetisa.


De qualquer forma estou feliz agora;

Botei todos os fantasmas porta afora.


E assim ao sabor das ondas do destino

Estudo, amo, trabalho, de tudo um pouco,

É excitante de mais, quase alucino...

O destino é sempre um grande louco.


Vou buscando a poesia de estar só,

Confiando no tempo que desate o nó.


E acreditando em coisas tão subjetivas

Encho-me de esperanças e otimismo,

Mas neste mundo as coisas não são definitivas,

Por isso temo cair n’algum abismo.


O destino é sempre novo e isso me acalenta.

Mas da segurança que preciso não me alimenta.


Mas tudo são fatos e fatalidades

Que a própria vida há de resolver,

Mas fazer dela uma banalidade

Pode ser um dom, mas não o quero ter.


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